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domingo, 29 de dezembro de 2013

Endometriose, doença que muitas mulheres têm, mais não sabem!

“Misteriosa, inexplicável, imprevisível. Exige tratamento cuidadoso e atenção contínua. Enfim, diria Freud, uma doença que traduz a difícil natureza feminina”.

Endometriose é a existência de endométrio em outras partes do corpo - como ovários, tubas (ou trompas), parte externa e parede do útero, bexiga, peritônio (revestimento interno do abdômen), diafragma, intestino delgado e reto. E podem surgir vários focos. A cada menstruação haverá sangramento onde existir endométrio.
      


O nome endometriose vem do endométrio, o tecido que reveste internamente o útero, onde ficam os óvulos fecundados. Quando não há fecundação, esse tecido é eliminado pela menstruação.

A dificuldade de engravidar, as cólicas menstruais absurdas, as dores terríveis na região pélvica durante o sexo, além da ardência ao urinar são alguns dos sintomas da doença"Muitas mulheres nem sabem que têm a doença. Os sintomas podem surgir isoladamente, associados ou nem existir", alerta o ginecologista Luiz Carlos dos Santos.





Perfil psicológico da mulher com endometriose – por Dr. Paulo Guimarães

"Num estudo multicêntrico, observou-se um perfil com característica comuns nas mulheres portadoras de Endometriose independente dos estágios": iniciais ou avançados.


São de perfil egocêntrico, perfeccionistas, apresentam uma cobrança pessoal de sucesso, competência, e exigência de resultados. São pilares de suas famílias ou de seus núcleos de relacionamentos, são como para-raios de problemas que assumem para si, sofrimentos, preocupações em resolver problemas de seus amigos, irmãos, pais, filhos, até marido e namorados.





São exigentes em seus relacionamentos em qualidade e, impulsionam seus parceiros ao sucesso o que nem sempre atingem o esperado trazendo frustração e acumulando decepções.







São pessoas de perfil estressados, ansiosas, se angustiam em qualquer situação que dependam de terceiros. Podem possuir relação familiar instável onde muitas vezes a figura paterna é ausente ou fragilizada por situações de desemprego, alcoolismos e falta de ambição e determinação paterna.






Quadro este, que colore com mais sombras as questões de tratamento que as tornam exigentes com resultados e frustrações de difíceis gerenciamentos, necessitando de apoio psicoterápico ou mesmo de acompanhamentos especializados da Clinica de Dor."





(O Dr. Paulo Guimarães fundador da Gynelaser – Núcleo de Ginecologia Avançada, idealizada e dirigida por ele, desde 1991 na cidade de Goiânia/GO. A Gynelaser, tem o compromisso de buscar tecnologia acessível na ginecologia de ponta e criar acessibilidade tanto para transmitir conhecimento aos médicos que participam de cursos especializados, como beneficiar a mulher com métodos de alta resolutividade. Hoje responsável por mais de 4.500 médicos brasileiros e estrangeiros que participaram de seus cursos de atualização e treinamento nas cidades de Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Londrina, Campinas(SP), Manaus e Fortaleza. Dr. Paulo Guimarães, formado há mais de 32 anos, dedica-se a ginecologia moderna impregnando a Gynelaser do perfil de alta tecnologia e acessibilidade. Nesta busca incessante de amplificar suas esferas de atendimentos altamente qualificados, em suas quase duas décadas de existência, foram criados núcleos de tratamento especializado para investigar e tratar doenças de abordagem multidisciplinar como: Dor pélvica crônica e Endometriose, Miomas uterinos,
Sangramentos uterinos anormais, HPV, Estética Genital Feminina & Cosmetoginecologia).

Fatores sociais / culturais referente a Endometriose

Dizem que é “doença moderna”, mas foi descrita em 1921, pela primeira vez. A modernidade deve-se ao fato de que hoje as mulheres tendem a adiar a gravidez, têm menor número de gestações e mais estresse.

Há quatro anos aparece no Medline, maior fonte de pesquisa médica na internet, como a doença ginecológica mais pesquisada no mundo, com o maior número de trabalhos científicos publicados.

O mercado mundial da endometriose foi de aproximadamente US$ 895 milhões em 2004. A taxa de crescimento anual deste mercado é estimada em 2,9%. Assim, em 2010 o mercado da endometriose chegou a US$ 1 bilhão.

Endometriose acomete mulheres com “nível alto de escolaridade”. Estudo feito no Hospital das Clínicas de São Paulo mostrou que 56% das pacientes tinham segundo grau ou nível superior completo. Pacientes de serviço público. Este dado corrobora a teoria do estresse.

Epidemiologia

10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva (enquanto há menstruação: dos 12 aos 45 +/-) sofrem de endometriose;

30 a 50% das mulheres que têm endometriose são inférteis;

40 a 50% das mulheres que fazem tratamento para engravidar têm endometriose.

Especialistas concordam que cerca de 50% das adolescentes que sofrem cólicas incapacitantes têm endometriose, que acaba sendo tratada sintomaticamente com anti-inflamatórios e pílula anticoncepcional, mascarando e retardando o diagnóstico.

Segundo estudo epidemiológico, 75% das portadoras de endometriose são mulheres brancas.

Endrometriose - Causas


Sobre as causas da endometriose, existem várias teorias, mas nenhuma é aceita como definitiva. A primeira, de Sampson, que falava da “menstruação retrógrada” – pedacinhos de endométrio provindos do refluxo menstrual – já não é aceita pela comunidade médica como única teoria, pois os tais núcleos de endometriose podem ocasionalmente ser encontrados, eventualmente, no cérebro, no pulmão e no septo nasal (haja refluxo!). A doença está associada a um desequilíbrio hormonal – estrógeno demais, progesterona de menos. O estrógeno alimenta o foco de endometriose.

O estresse é o mais aceito entre os fatores causais da doença: uma grande porcentagem das mulheres portadoras de endometriose apresenta sintomas de estresse emocional (daí o conceito de doença moderna, pois a mulher hoje está mais exposta às variáveis do estresse).

Importante lembrar que o estresse também está relacionado aos fatores imunológicos: quanto maior o estresse, menor a imunidade.



Fator imunológico é outro grande suspeito de culpa: mulheres que possuem focos de endometriose podem apresentar deficiências imunológicas concomitantes: fibromialgia e lúpus, por exemplo. O hipotiroidismo mais endometriose pode acometer até 40% das mulheres portadoras da doença.




Outra razão que sustenta a teoria do fator imunológico: as mulheres com endometriose têm células de defesa (macrófagos) não funcionantes (células do sistema imune que “comem” organismos invasores). Eles deveriam fagocitar (destruir ou absorver) os núcleos estranhos de endométrio.

Teoria do fator genético: história familiar de endometriose. A tia, a irmã, a mãe – alguma mulher da família teve ou tem a doença.

FIQUE ATENTA - Características e Sintomas 


Dores: os focos de endométrio inflamam e menstruam todos os meses. As dores podem chegar ao ponto do insuportável. No entanto, tem muita endometriose que não dói. O que agrava o problema do diagnóstico tardio.

Sintomas sugestivos de endometriose: cólicas fortes, dores durante as relações sexuais (na profundidade), alterações urinárias (dor para urinar ou presença de sangue na urina) e alterações intestinais na época da menstruação (dor para evacuar, presença de sangue nas fezes, intestino solto);

De acordo com a localização dos focos de endométrio no corpo feminino, observam-se diferentes tipos de endometriose, com sintomas e prejuízos diferentes, exigindo tratamentos diferentes:

As do peritônio (tecido que reveste os órgãos internos): respondem melhor ao tratamento medicamentoso. Boa parte dos focos de endometriose pode ser encontrada nessa região, incluindo ovários, tubas uterinas, saco de Douglas (região atrás do útero), diafragma.
(A escavação reto uterina, bolsa de Douglas ou fundo de saco de Douglas é uma extensão da cavidade peritoneal localizada posteriormente ao útero. Separa a parte supravaginal do colo do útero e o corpo do útero do colo sigmoide e do reto).

As de ovários: levam à formação de cistos, provocam intensa dor pélvica, respondem melhor ao tratamento cirúrgico + medicamentoso.

As profundas: no intestino, na bexiga (cerca 15% dos casos). Muita dor, problemas intestinais, respondem mal ao tratamento medicamentoso. Às vezes é preciso retirar um pedaço do intestino.

As “muito loucas: focos de endométrio que aparecem em locais atípicos: no pulmão, no cérebro, no septo nasal. (Menos de 5% dos focos são encontrados em locais tão imprevisíveis).

Fontes pesquisadas:

Obs.: O conteúdo desta postagem, tais como textos, vídeos e imagens, foram pesquisados e selecionados da internet, desta forma, são de exclusiva responsabilidade dos seus autores, cujos créditos e fontes das pesquisas, estão identificados no final da página. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

Paralisia do Sono: Você já passou por essa experiência?


A paralisia do sono acontece enquanto a pessoa está dormindo, de repente acorda e não consegue mover nenhum músculo do corpo. Pode acontecer pouco antes de dormir, mas é muito raro. Sabe-se que essa experiência traumatizante é vivenciada pelo menos uma vez na vida por grande parte da população mundial.


Noite do pesadelo: é um fenômeno biológico ou paranormal?
“A falta de qualidade do sono é uma das causas do problema!”

Noite do Terror


A maior parte da população mundial passa pelo menos uma vez na vida por esta experiência traumatizante, mas pouca gente conhece o seu nome, e menos gente ainda sabe explicar como ou por que ela ocorre. Estamos falando da paralisia do sono, um fenômeno assustador que atinge muitas pessoas do mundo inteiro. O que é isso?

Assista o vídeo e entenda porque esse fenômeno acontece!



Os episódios de paralisa são acompanhados por alucinações e sensação de falta de ar. Algumas pessoas acreditam que estão prestes a morrer, outras tem a sensação de estar caindo ou flutuando sobre o corpo. Essas experiências de sentir que está caindo ou de morte, causam mais angústia e medo do que apenas a paralisia, revela o estudo publicado no jornal Clinical Psychological Science.


Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, pode ajudar a entender como pessoas que sofrem deste fenômeno podem se sentir mais ou menos angustiadas. Muitos acreditam que a paralisia do sono é causando por algo sobrenatural, a sensação não é comum e causa nervosismo, além de culturalmente ser associada a fantasmas e criaturas sobrenaturais.



No Brasil, a paralisia do sono tem relação com a lenda da “Pisadeira”, durante o sono, uma mulher pisa sobre o peito da pessoa que está dormindo, enquanto essa vê tudo, mas não pode se mexer.




Em 2012 pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram duas substâncias químicas no cérebro responsáveis por essa paralisia muscular, a glicina e a GABA (ácido gama-aminobutírico); antigamente se pensava que só a glicina era responsável por esse comportamento. O experimento realizado em ratinhos constatou as duas substâncias envolvidas, facilitando o desenvolvimento de tratamentos para distúrbios motores associados ao sono.

A paralisia do sono é um acontecimento pouco conhecido e que é responsável por causar muito espanto e vários mitos. Ela consiste em uma condição caracterizada por paralisia temporária de todo corpo, que se sucede imediatamente após o despertar, ou mais raramente, logo após adormecer. Entenda melhor o que é a paralisia do sono e como tratar.


Entendendo a paralisia do sono
Durante o sono mais profundo, chamando de REM (rapid eye movement - movimento rápido dos olhos) , ocorre uma paralisia fisiológica do corpo, conhecida como “atonia REM”, que é responsável por preservar a integridade física do organismo, uma vez que a pessoa pode se mexer enquanto dorme e acabar se machucando. Esse evento está intimamente relacionado com a paralisia do sono, que ocorre quando o cérebro desperta do estado REM, mas a paralisia corporal persiste. O resultado é que a pessoa fica totalmente consciente, mas incapaz de se movimentar. Para piorar a situação, o indivíduo pode literalmente sonhar acordado, sofrendo alucinações hipnagógicas.

Sonho ou realidade?
Não é incomum pessoas que sofreram a paralisia do sono relacionarem o episódio como sendo apenas um sonho. Na verdade esse evento explica muitos relatos de sonhos onde as pessoas se veem deitadas na cama e impossibilitadas de se moverem e, de acordo com os cientistas, justifica até mesmo alguns relatos de abduções alienígenas e encontros com fantasmas. Normalmente as alucinações que costumam acompanhar a paralisia do sono ajudam a aumentar as chances das pessoas que passam pelo problema acharem que tudo não passou de um sonho, pois objetos imaginários aparecem no quarto, se misturando com os objetos normais.
Sintomas da paralisia do sono

O principal sintoma do problema é a paralisia, onde a pessoa é incapaz de mover as partes do corpo ou falar, tendo apenas um controle mínimo sobre a respiração e os olhos. Geralmente ela ocorre assim que a pessoa desperta repentinamente, pois o cérebro pensa que ela continua dormindo e mantém a atonia REM com a pessoa consciente. As alucinações são outro sintoma frequente, mas que não ocorre em todos os casos. É possível que o paciente escute sons estranhos ou sinta a presença de alguém. Essas manifestações são muito parecidas com sonhos.

Tratamento
A maioria das pessoas não precisa de tratamento para a paralisia do sono, sendo o suficiente apenas a mudança e eliminação de alguns hábitos simples, que se relacionam com o desenvolvimento do problema. A medida mais importante é melhorar a qualidade do sono, dormido por, no mínimo, 6 horas por noite e tratando problemas como a ansiedade e insônia, que atrapalham o descanso noturno. Em alguns casos o uso de medicação, como os antidepressivos e estimulantes do sono, podem ajudar a tratar outras doenças de base e prevenir o problema, mas devem ser indicadas por médico especialista.

A paralisia do sono é um problema pouco conhecido e que resulta em episódios extremamente desconfortáveis e assustadores, que muitas vezes podem ser confundidos com sonhos e até mesmo com encontro com fantasmas. Geralmente o problema pode ser prevenido com boas noites de sono e, em casos persistentes, é necessária uma consulta médica para melhor investigação.



Fonte: Mundo das Tribos, 22 de janeiro de 2013


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Endometriose - Projeto PROENDO da Santa Casa de SP



Especialista alerta para necessidade de diagnóstico precoce e lança projeto para ampliar atendimento para mulheres na fila de espera da Santa Casa de SP, com diagnóstico de Endometriose.

Você sabe o que é endometriose? 




“É uma doença confusa. Tem de conversar bastante para entender. Ela começa no útero e vai para outros lugares, para onde não deveria ir.” A resposta não é de uma especialista, é da cantora e atriz Maria Bia Martins, de 31 anos. Mas ela sabe do que está falando pois faz parte da preocupante estatística de cerca de 6 milhões de mulheres brasileiras atingidas pela doença. A moça foi operada num estágio bem adiantado da endometriose, quando ela havia atingido o seu intestino. Hoje, passa bem. A ginecologista e cirurgiã Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro, especializada no assunto, concorda com a descrição de Maria Bia. A confusão a que ela se refere vem da dificuldade do diagnóstico. “Como os primeiros sintomas são cólicas, os médicos e as pacientes não valorizam a queixa, pois ficou estabelecido que mulher tem cólica mesmo, é normal”, diz a médica Helizabet.  

Onde a endometriose ocorre?

Os implantes de tecido endometrial ocorrem com mais frequência nos seguintes locais:
• Peritônio
• Ovários
• Trompas de Falópio
• Na superfície do útero, bexiga e intestino
• Fundo de saco vaginal (o espaço atrás do útero)
• Raramente fora da pelve feminina, como no fígado, em cicatrizes de cirurgias, e até no cérebro ou pulmões.

É uma doença que atinge as mulheres em idade reprodutiva e que se caracteriza pela presença de endométrio em locais fora do útero. O endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Existem três tipos de endometriose: ovariana, peritoneal e profunda. Quando não tratada a tempo, pode invadir outros órgãos da pelve, como os citados acima.

Foi assim com Maria Bia. Ela sentia cólicas terríveis. “Só saía da cama para ir trabalhar”, lembra.  Depois de uns anos, passou a tomar pílula anticoncepcional para não menstruar. Vinda de Brasília para São Paulo, foi batalhar a vida e assim o tempo passou. “Como não menstruava, não tinha cólica. Então, não liguei mais para aquilo. Até que, anos depois, tive um cisto rompido no ovário e fui parar na emergência de um hospital. Os médicos que me operaram disseram que eu tinha endometriose e que ela já havia invadido o meu intestino. Precisaria procurar um especialista.”  Alguns meses depois, Maria Bia voltou ao hospital e fez a cirurgia. “É uma operação cara e eu só pude fazer porque tive ajuda de amigos”, conta.

A médica Dra. Helizabet, que atende na Santa Casa de São Paulo, pelo SUS, diz que só ali há 150 mulheres na fila esperando pela mesma cirurgia de Maria Bia: a endometriose intestinal. “A gente só consegue operar uma por mês e mantém as outras na fila com medicamentos. Mas é uma doença muito invasiva. A vida é limitada pela dor presente nas cólicas e na atividade sexual.”

Mais atendimento

Santa Casa lança projeto para auxiliar mulheres com a doença - em funcionamento desde 21/05/2012

Em maio de 2012, foi lançado o Projeto Social ProEndo (ou Pro-Endometriose). Esta foi uma iniciativa do Departamento Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de São Paulo para auxiliar mulheres portadoras da doença. A coordenadora do projeto, Helizabet Salomão Ayroza Ribeiro, diz que o maior problema é a desvalorização dos principais sintomas. Confira os detalhes com Patrícia Rizzo.



Helizabet diz que a cirurgia da endometriose intestinal custa caro por causa do material usado e de exames mais elaborados. Para ampliar o atendimento na Santa Casa/SP, ela e outros especialistas lançaram o projeto social Pró Endometriose. O objetivo é dar atendimento a mais mulheres e esclarecer sobre a doença. “Se ela for diagnosticada no começo, pode ser curada só com medicamentos”, diz Helizabet. E alerta: “Ela atinge todas as faixas etárias. É importante ir ao ginecologista e não aceitar que cólica é normal. Se a dor não passa com analgésicos, tem de ser investigada.”

O projeto da Santa Casa começa capacitando ginecologistas para fazer a cirurgia intestinal, segundo a médica, que também é professora. “Já conseguimos, para este ano, operar dez mulheres a mais. É um começo!”

Profa. Dra. Helizabet Salomão A. Ayroza Ribeiro, uma das idealizadoras do projeto.

Professora Assistente Doutora, do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de São Paulo.
Mestre em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da SantaCasa de São Paulo
Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO
Título de Habilitação em Laparoscopia e Histeroscopia pela FEBRASGO
Doutora em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Profissional com ampla atuação prática em endometriose, miomatose uterina e sangramento uterino anormal
A Profa. Helizabet terminou sua especialização em Ginecologia e Obstetrícia na Santa Casa de São Paulo no ano de 1998. Desde então atua como professora nesta entidade na qual defendeu seu mestrado no ano de 2006 e seu Doutorado em medicina no ano de 2010. Dedica-se à Ginecologia Minimamente Invasiva com interesse especial à Videolaparoscopia e Videohisteroscopia.

Atualmente participa de estudos que investigam a interferência de diversos fatores biomoleculares na gênese e na progressão da endometriose, bem como os efeitos do tratamento da endometriose na Qualidade de Vida da mulheres portadoras desta doença.

CONHEÇA O PROENDO ou pro-endometriose

Foi lançado em 21 de maio de 2012, em São Paulo, o projeto social PROENDO (Pró-Endometriose), ligado ao Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “Atualmente, uma paciente pode levar cinco, seis e até sete anos para ser operada. O Proendo vai ajudar mulheres com palestras, reuniões e esclarecendo dúvidas a respeito da endometriose.
Vamos também buscar parcerias com o setor privado para conseguir o material necessário para as cirurgias, não fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), fazendo com que essas mulheres possam ser atendidas mais rapidamente”, esclareceu a professora Dra. Helizabeth Salomão Abdalla Ayrosa Ribeiro, uma das coordenadoras da iniciativa.

A cerimônia ocorreu no auditório do Hospital Santa Isabel e teve sua mesa composta por Dra. Helizabeth; pela vice-prefeita, Alda Marco Antonio; pelo assessor técnico da Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde da Prefeitura Municipal de Saúde, Dr. Jovino Paes Junior; pelo chefe da Disciplina de Ginecologia da Santa Casa, Dr. Vilmar Marques de Oliveira; pelo diretor médico do Hospital Santa Isabel, Dr. Frederico Carbone Filho; pelo Diretor Clínico da Santa Casa de São Paulo, Dr. Raimundo Rafaelli Filho; e pela editora da Agência de Notícias da Aids, Roseli Tardelli. Alda Marco Antonio lembrou que nos anos 70 os postos de saúde do setor de saúde pública não tinham ginecologistas em seus quadros.

“É de extrema importância um projeto voltado para a atenção à saúde da mulher. Vocês podem contar comigo no combate à endometriose”, declarou. Dr. Rafaelli manifestou a sua satisfação pelo projeto ter tido sua origem na Santa Casa. “Precisamos do apoio de todos para combater essa doença que castiga tanto, que é mal diagnosticada e mal tratada. Este projeto vai abrandar, com certeza, o sofrimento dessa população”. “É importante que a cidade de São Paulo consiga construir uma resposta para as mulheres com endometriose do mesmo jeito que conseguiu construir uma resposta para as pessoas vivendo com HIV e aids”, ressaltou Roseli Tardelli

Queria também convidar as mulheres com endometriose para fazerem uma manifestação, dando as mãos em um abraço ao redor da Santa Casa para chamarmos atenção para esta questão”, finalizou a jornalista.
O projeto foi recebido com entusiasmo por profissionais de saúde e pacientes da Santa Casa presentes ao evento. “É uma iniciativa excelente, uma maneira de poder atender as pacientes com qualidade e dar o tratamento adequado. Se a paciente não é atendida adequadamente, a doença continua”, explicou a ginecologista Catulina Bosi.

Para a Dra. Jaqueline Alvarenga, o projeto é fundamental. “Um dos principais fatores limitadores do tratamento da doença é o alto custo. É primordial fornecer tratamento completo também às pacientes de menor renda”, observou. Outra ginecologista, a Dra. Karin Rossi informou “que o Brasil não deixa nada a desejar em relação aos outros países no que diz respeito à experiência no atendimento às mulheres com endometriose. É essencial que o diagnóstico da doença seja cada vez mais precoce”, alertou.

Depoimento de alguns Pacientes
Maria Aparecida Gonçalves, dona de casa, contou que é a paciente número 120 na fila para a cirurgia na Santa Casa, “o que significa que pode demorar até oito anos para eu conseguir ser operada”, disse. “Espero que o projeto agilize esse processo”.
Outra dona de casa, Vanda de Souza Bueno, de 43 anos, foi diagnostica há cerca de oito anos e elogiou a iniciativa. “Tudo o que fizerem para acelerar o tratamento é bem-vindo. Só quem tem a doença, sabe o sofrimento que é. A dor é intensa”, relatou. Vanda descobriu que tinha endometriose quando tentou engravidar. “Tinha parado de tomar pílulas e mesmo assim não conseguia. Quando o médico me deu o diagnóstico, eu já não podia ter filhos nem mesmo por inseminação artificial”.
Divina Cardoso da Silva, auxiliar de enfermagem, de 59 anos, perdeu um rim por causa da doença. Ela teve que passar por uma cirurgia e contou que suporta bem a dor. “Eu preciso de uma nova operação, mas preciso aguardar seis meses para ser avaliada, para saber se realmente poderei ser operada. O diagnóstico precoce vai ser bom pra muita gente. Se meu diagnóstico tivesse sido feito antes, eu não teria perdido um rim.”

O público presente à cerimônia de lançamento teve a oportunidade de assistir a uma palestra ministrada pelo Professor Adjunto e chefe da disciplina de Ginecologia da UERJ e Chefe do Ambulatório de Endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Dr. Marco Aurélio Pinho de Oliveira. Ele é um dos coordenadores do MOVENDO (www.movendo.com.br), projeto similar ao PROENDO no Estado do Rio de Janeiro.

PROENDO - É um projeto social que tem como objetivo informar, orientar e buscar subsídios para o atendimento e tratamento das pacientes portadoras de endometriose. Existe uma longa espera para realizar esta cirurgia. As parcerias com empresas tem possibilitado aumentar o número de cirurgias, em 2012 foram realizadas nove cirurgias a mais.

Para maiores informações de como colaborar, entre em contato:
doacao@santacasasp.org.br | tel (11) 2176-1734


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